Forças Armadas da Venezuela Rejeitam Intervenção Militar Pedida por Álvaro Uribe em Meio a Tensões Políticas com Nicolás Maduro



As Forças Armadas da Venezuela emitiram um comunicado firme na última segunda-feira, rejeitando de maneira categórica o pedido do ex-presidente colombiano Álvaro Uribe por uma intervenção militar internacional em seu território. Uribe, que governou a Colômbia entre 2002 e 2010, fez a solicitação durante uma visita à fronteira entre os dois países, argumentando que seria necessária a ação de forças externas, reconhecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU), para “remover esses tiranos do poder” e garantir a realização de eleições livres.

A resposta das Forças Armadas venezuelanas foi clara. Em um pronunciamento oficial, a instituição qualificou o apelo de Uribe como um ato “aberrante”, ressaltando que promover uma guerra na América Latina é uma afronta à paz característica da região, marcada por um histórico de conflitos que se pensava superado. O comunicado enfatizou, ainda, que as Forças Armadas estão prontas para enfrentar qualquer ameaça à integridade nacional e não hesitarão em neutralizar forças armadas que desafiem a soberania do país.

O clima tenso entre os dois países se intensificou após a reeleição de Nicolás Maduro para um terceiro mandato consecutivo, que ocorreu em uma eleição controversa, na qual ele recebeu aproximadamente 51,95% dos votos, contra 43,18% do candidato opositor Edmundo González, que contesta os resultados. A oposição venezuelana, por sua vez, divulgou documentos que sugerem que González teria vencido a disputa.

Nesse contexto, Maduro aproveitou a ocasião para disparar críticas contra Uribe, qualificando-o de “narcotraficante, assassino e covarde”, e reafirmando sua determinação em garantir a paz e a segurança da Venezuela. O retórica acirrada entre os dois líderes reflete a profunda polarização política na região, onde questões de legitimidade e soberania continuam a gerar tensões diplomáticas significativas.

O episódio evidencia não apenas a complexidade das relações entre Colômbia e Venezuela, mas também a fraqueza de um sistema internacional que, em vez de promover diálogo e resolução pacífica de conflitos, muitas vezes se vê dividido por interesses políticos e ideológicos. A situação permanece volátil e as repercussões da declaração de Uribe e a resposta de Caracas podem moldar os próximos capítulos das relações entre os dois países vizinhos.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo