Avianca será responsável pela decolagem de despedida; modelo foi um dos protagonistas da aviação regional do país nos últimos vinte anos
A aeronave mais usada nos voos regionais do Brasil durante os anos 90 faz sua despedida nesta terça-feira. O Fokker 28 MK-0100, chamado popularmente de Fokker 100 ou MK28, foi fabricado pela holandesa Fokker até 1997, quando a empresa faliu. O modelo é considerado um dos protagonistas da aviação regional do Brasil nos últimos vinte anos. As aeronaves chegaram a representar mais da metade da frota da TAM, no fim da década de 90, e metade da frota da Avianca (então Ocean Air), na década passada.
A Avianca fará nesta terça um voo simbólico de despedida da última aeronave do modelo que a empresa ainda possui, encerrando um ciclo de 25 anos de história do Fokker 100 no Brasil. O avião sairá de Congonhas, fará um voo curto nos arredores da capital paulista e voltará ao mesmo aeroporto. Até então, esse Fokker 100 era utilizado como modelo de reserva na ponte aérea Rio-São Paulo e na rota que liga o Rio de Janeiro a Brasília. Novos modelos da europeia Airbus, o A320, foram encomendados para substituir os oito Fokker-100 que foram desativados gradualmente pela Avianca desde o ano passado.
Até 1990, as companhias aéreas brasileiras operavam com pequenos aviões turboélice em voos de curta distância e em aeroportos com pista de extensão reduzida, caso de Congonhas, em São Paulo, e do Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Na época, as grandes aeronaves eram direcionadas aos aeroportos maiores, por questões de segurança. O Fokker 100 mostrou-se promissor por quebrar as barreiras tecnológicas então existentes. Além de conseguir aterrissar e decolar em pistas relativamente pequenas, ele oferecia quase o dobro de assentos (em torno de 120 lugares) em relação às aeronaves de voos regionais e era mais simples de pilotar, principalmente por causa do glass cockpit, com a substituição dos relógios de painel por telas. O modelo foi batizado de águia holandesa, por suas qualidades de voo.
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