Flávio Dino estabelece prazo de 30 dias para governo definir normas sobre uso de emendas parlamentares em universidades após relatório da CGU.



Nesta última semana, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), lançou um aviso importante ao governo federal em relação ao uso de emendas parlamentares que são direcionadas às instituições de ensino superior em todo o país. Em uma decisão estratégica, Dino estipulou um prazo de 30 dias para que normas claras sejam estabelecidas sobre a aplicação desses recursos, que são, em sua maioria, transferidos a entidades sem fins lucrativos que atuam como apoio às universidades.

A determinação é responda a um relatório de auditoria realizado pela Controladoria-Geral da União (CGU), que revelou um aumento significativo na liberação de verbas através de emendas parlamentares entre o início de fevereiro e final de dezembro do ano anterior. Essa constatação gerou preocupações sobre a transparência e a destinação adequada dos recursos, já que diversos repasses têm sido encaminhados a fundações que eventualmente contratam organizações não governamentais (ONGs) sem critérios bem definidos.

Dino não apenas solicitou a urgência na criação de tais normas, mas também fez questão de que os presidentes da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (CRUB) sejam informados sobre essa decisão. O ministro enfatizou que, para garantir a eficácia das novas diretrizes, é imprescindível que o Ministério da Educação (MEC), a Controladoria-Geral da União e a Advocacia-Geral da União (AGU) estejam também alinhados a essa estrutura normativa.

A proposta é que haja um sistema robusto de prestação de contas e um aumento da transparência na utilização de verbas oriundas de emendas, propiciando a rastreabilidade dos recursos e assegurando que seu uso efetivamente beneficie a educação. A expectativa é que, com a implementação das normas, o cenário de fiscalização e responsabilidade na aplicação dos recursos em educação superior seja significativamente aprimorado, respondendo assim às demandas por maior integridade e eficiência na gestão pública. A comunidade acadêmica e as entidades envolvidas aguardam com expectativa as diretrizes que deverão ser elaboradas nos próximos dias.

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