O governador de Alagoas, Paulo Dantas, anunciou nesta semana a antecipação dos salários dos servidores públicos referentes aos meses de novembro e dezembro, além do 13º salário, com um desembolso superior a R$ 1,3 bilhão. O comunicado foi feito na última segunda-feira (25), em conjunto com a secretária estadual da Fazenda, Renata dos Santos, em meio a críticas sobre uma suposta crise financeira no Estado. O anúncio, que veio no momento em que blogs e colunas especulavam desgaste político da secretária e questionavam a saúde financeira do governo, dissipou as dúvidas. Fontes próximas ao governo sugerem que essas críticas poderiam ser resultado de “fogo amigo” dentro da gestão.
Renata dos Santos confirmou que ajustes estão sendo realizados nas despesas de custeio de todos os órgãos estaduais, uma medida necessária, segundo ela, para manter o nível de investimentos. “Fecharemos 2024 com cerca de R$ 2,5 bilhões em investimentos, mesmo valor de 2023. O Estado está com arrecadação em alta e plena capacidade de pagamento, mas os ajustes são essenciais para cumprir metas e realizar as entregas prometidas à população”, afirmou. O governador Paulo Dantas e sua equipe indicaram que os ajustes fazem parte de um processo de reestruturação administrativa, incluindo a redução de secretarias e otimização de despesas. Embora a secretária da Fazenda não tenha detalhado quais mudanças ocorrerão, fontes do governo estimam que entre quatro e seis secretarias serão extintas a partir de janeiro de 2025.
Renata destacou que o foco do governo está em equilibrar as contas para garantir investimentos consistentes nos próximos anos. “Estamos otimizando as despesas em todas as Pastas. Aqui na Sefaz, também estou revisando todos os gastos e cortando onde é possível”, disse a secretária, reforçando o compromisso com a eficiência administrativa. A antecipação dos salários e a reestruturação em curso são apontadas como estratégias do governo para assegurar o fortalecimento das finanças estaduais, mesmo diante de pressões internas e externas. A meta, segundo Renata, é manter os investimentos acima de 10% da Receita Corrente Líquida do Estado nos próximos dois anos.