De acordo com a publicação compartilhada, é importante informar-se antes de fazer julgamentos precipitados. O médico Pedro Carvalho, nos tweets compartilhados por João Silva, explicou todos os passos do processo, desde a inclusão até a cirurgia de transplante.
Carvalho ressaltou que o termo “fila” é inadequado e que “lista” seria uma expressão mais apropriada. Isso porque a gravidade do paciente é um dos principais critérios para a ordem de transplantes. Uma pessoa que está iminentemente em risco de morte sem o transplante terá prioridade em relação a alguém que está há mais tempo na lista. Além disso, a compatibilidade entre o doador e o receptor também é um fator determinante.
O médico enfatizou que todo o processo de doação é rigoroso e envolve uma documentação estrita, com a participação da família. A doação é anônima, ou seja, a família que opta pela doação não sabe para quem o órgão será destinado. Carvalho alertou que as condições clínicas do receptor podem interferir na viabilidade da doação, pois há casos em que o paciente pode não suportar a cirurgia.
Carvalho lamentou a existência de lendas urbanas em relação aos trâmites de transplantes e pediu que as pessoas evitem fazer acusações irresponsáveis. Ele lembrou que o Brasil tem um dos maiores sistemas de transplantes do mundo, mas ainda enfrenta a falta de doadores. Acusações infundadas atrapalham o processo de doação.
Após o transplante, o hospital informou que Fausto Silva está na UTI e as próximas horas serão cruciais para verificar a adaptação do órgão e a possibilidade de rejeição. O hospital foi acionado pela Central de Transplantes do Estado de São Paulo e seguiu todos os trâmites para garantir a viabilidade do órgão doado.
Não foram divulgados detalhes sobre o doador, mas o hospital afirmou que seguiu todas as normas estabelecidas para a captação de órgãos doados. O Brasil, apesar de ter um grande sistema de transplantes, ainda enfrenta a escassez de doadores, por isso é importante que as pessoas conversem com suas famílias sobre sua vontade de doar, mesmo sem a necessidade de assinar um documento. A decisão final cabe à família, mas geralmente respeita-se a vontade do falecido.