Filho de ex-presidente do STF é advogado de empresa investigada por fraude fiscal e relações com o PCC, levantando suspeitas de conflito de interesses.

Em meio a uma investigação que expõe um esquema bilionário de fraude fiscal e lavagem de dinheiro vinculado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), o advogado Henrique de Abreu Lewandowski se destaca como representante jurídico da empresa Terra Nova Trading. Henrique é filho de Ricardo Lewandowski, renomado ministro da Justiça e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

Documentos obtidos a partir de processos judiciais e investigações revelam que a Terra Nova Trading estaria envolvida em práticas ilegais de importação de nafta, utilizando um esquema que proporcionava benefícios fiscais indevidos. Essa atividade não apenas gera uma concorrência desleal no mercado de combustíveis, mas também acarreta prejuízos significativos para os cofres públicos. O caso não se restringe à Terra Nova; outras empresas como Copap, G8 Log e Aster Petróleo também estariam atreladas à mesma rede criminosa, que parece ter como objetivo facilitar as operações do crime organizado.

A atuação de Henrique na defesa da Terra Nova suscita preocupações sobre um possível conflito de interesses. Isso se dá no contexto em que seu pai, Ricardo Lewandowski, tem se posicionado firmemente ao lado de iniciativas que buscam fortalecer o combate ao crime organizado. A dualidade entre a função pública do pai e as ações do filho traz interrogações sobre a ética nas relações familiares e profissionais em setores tão sensíveis.

Até o presente momento, não existem evidências que indiquem que o ministro tenha conhecimento do envolvimento de seu filho com as empresas que estão sob investigação. Contudo, a situação revela as complexidades que podem emergir em sistemas de justiça e governança, onde as relações pessoais e profissionais muitas vezes se entrelaçam de maneira delicada. A sociedade observa atentamente o desenrolar desse caso, que poderá trazer novas implicações não apenas para os envolvidos, mas também para a autonomia e integridade das instituições que regem o país. A análise contínua desse assunto é crucial, dado o impacto que ele pode ter sobre a confiança pública nas autoridades e no sistema judiciário.

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