Joseph Lombardi, analista responsável pela operação do drone, e Jasmine Mander, assistente técnica, também foram penalizados com suspensão de um ano. Ambas as partes têm a possibilidade de recorrer da decisão na Corte Arbitral do Esporte (CAS).
A punição complica significativamente a jornada da equipe canadense, atual campeã olímpica e responsável por eliminar o time brasileiro nos Jogos de Tóquio. Apesar de uma vitória inicial de 2 a 1 contra a equipe da Oceania, o Canadá enfrentará a anfitriã França no próximo domingo já com a desvantagem de três pontos na tabela de classificação.
A FIFA justificou sua decisão com base na violação do artigo 13 do Código Disciplinar da entidade, que aborda comportamento ofensivo e violações dos princípios do fair play. Além das suspensões, a Federação Canadense de Futebol foi multada em 200 mil francos suíços, o equivalente a aproximadamente R$ 1,2 milhão.
Em comunicado, a FIFA afirmou que a Federação Canadense de Futebol foi responsabilizada por “não respeitar os regulamentos da FIFA e por não garantir o cumprimento dos seus funcionários em relação à proibição de voar drones sobre quaisquer locais de treinamento.”
O Comitê Olímpico do Canadá respondeu ao escândalo com um pedido público de desculpas, prometendo realizar uma investigação interna para determinar se houve uso sistemático de drones para atividades de espionagem esportiva. Até a conclusão dessa investigação, os três funcionários envolvidos foram afastados e Andy Spence, auxiliar técnico, assumiu o comando da seleção feminina de futebol para o restante da competição em Paris-2024.
Este episódio lança uma sombra sobre a reputação esportiva do Canadá, levantando questões éticas e trazendo à tona a necessidade de medidas mais rigorosas para prevenir tais violações no futuro.