A prefeitura de Riga, capital da Letônia, colaborou com o diretor Gints Zilbalodis na construção de uma estátua do gato preto protagonista do filme, que foi erguida em frente ao Monumento da Liberdade. Além disso, uma arte urbana em homenagem ao personagem também foi pintada nas paredes de uma construção na cidade. O diretor compartilhou com orgulho essas iniciativas em suas redes sociais.
O entusiasmo dos letões com Flow e seu protagonista sem nome, apelidado de “gatinho Flow”, também conquistou os brasileiros, que viram uma conexão com o filme nacional “Ainda Estou Aqui”. Ambas as produções estão concorrendo na categoria de filme internacional do Oscar, com o filme letão também indicado entre as animações.
Com um orçamento modesto de apenas US$ 3,6 milhões, Flow é considerado um azarão, especialmente se comparado a grandes produções como Divertida Mente 2, que teve um orçamento de US$ 200 milhões. O filme foi criado no software Blender, uma ferramenta de computação gráfica gratuita.
A trama de Flow, criada por Zilbalodis em parceria com Matiss Kaza, segue a jornada de um gato solitário que precisa encontrar um novo lar após sua casa ser destruída por uma inundação. A história se passa em uma espécie de “arca de Noé” moderna, onde diversas espécies precisam conviver apesar das diferenças, sem diálogos. A abordagem sonora do filme, com sons reais e contidos, foi resultado da criatividade do engenheiro de som Gurwal Coïc-Gallas, que usou animais reais para dar voz aos personagens.
O sucesso de Flow não passou despercebido, com a obra acumulando prêmios em diversos festivais e associações de críticos, além de se tornar o filme mais visto da história da Letônia. O diretor Zilbalodis destacou a importância de filmes como este, que mostram que é possível inovar e conquistar o público com produções independentes e diferentes dos grandes estúdios.