Festas e shows em Aguiarnópolis custaram R$ 1,8 milhão aos cofres públicos antes de tragédia na ponte Juscelino Kubitschek



A cidade de Aguiarnópolis, localizada no estado do Tocantins, foi palco de um trágico incidente no último domingo (22/12), quando uma ponte desabou e resultou na morte de duas pessoas, além de deixar outras 12 desaparecidas. No entanto, a cidade tem sido alvo de críticas devido aos altos gastos com cachês para artistas e grupos musicais em festivais ao longo do ano.

Segundo informações levantadas, a prefeitura de Aguiarnópolis desembolsou cerca de R$ 1,8 milhão para a contratação de artistas renomados, o que representa aproximadamente 5% do orçamento municipal. Desse montante, mais de R$ 1 milhão foi proveniente das chamadas emendas Pix, uma modalidade de emenda parlamentar que possibilita a transferência rápida de recursos, sem a necessidade de uma fiscalização rigorosa.

Entre maio e novembro, a cidade de 5 mil habitantes promoveu diversos festivais com a presença de artistas de alcance nacional. Em maio, durante as comemorações do 30º aniversário do município, nove artistas foram contratados com dinheiro público. Nomes como Davi Sacer, Valesca Mayssa, Marquinhos Gomes, Moleca 100 Vergonha, Cavaleiros do Forró e outros receberam cachês que variavam de R$ 8 mil a R$ 280 mil.

A festa de aniversário contou também com a presença de autoridades políticas, como o deputado federal Filipe Martins e os deputados estaduais Jair Farias e Fabion Gomes, este último eleito prefeito de Tocantinópolis. Os eventos receberam críticas por parte da população e da imprensa, que questionaram a prioridade dada aos gastos em festivais em vez de investimentos em infraestrutura, como a manutenção de pontes.

Apesar da polêmica envolvendo a aplicação dos recursos públicos em eventos festivos, a prefeitura de Aguiarnópolis não detalhou os autores das emendas Pix que financiaram os cachês dos artistas. A transparência nos gastos públicos e a prestação de contas sobre o destino do dinheiro investido continuam sendo questionadas pela população local e órgãos de controle.

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