A declaração de Felca não apenas ressoou na comunidade digital, mas também alertou a sociedade sobre os perigos de uma cultura que frequentemente banaliza a exposição de minors nas redes sociais. Com o crescimento das plataformas digitais, questões relacionadas à segurança de crianças e adolescentes têm se tornado cada vez mais relevantes. Tendências que parecem inofensivas podem acabar envolvendo menores em situações de exploração, revelando uma face obscura do mundo virtual.
Além das consequências sociais, o caso destaca um problema sistêmico que exige uma resposta robusta e coordenada. A Secretaria de Desenvolvimento Social de São Paulo apontou que há diversos canais disponíveis para denunciar casos de exploração e abuso infantil. Por exemplo, o Disque 100 oferece um serviço gratuito e anônimo, operando 24 horas por dia para que qualquer um possa reportar possíveis situações de violência contra crianças. A Polícia Militar também esteve em alerta, com o número de emergência 190 disponível para incidentes que representem risco imediato.
Outro recurso importante é o aplicativo Sabe, desenvolvido pelo Ministério dos Direitos Humanos, que foi concebido para permitir denúncias seguras feitas por crianças e adolescentes, utilizando uma linguagem compreensível para a faixa etária. A Secretaria está igualmente engajada na promoção da campanha “Faça Bonito. Proteja Nossas Crianças e Adolescentes”, que visa prevenir o abuso e a exploração sexual.
Estatísticas alarmantes revelam a gravidade da situação. De acordo com dados do Atlas da Violência de 2025, o estado de São Paulo, em 2024, registrou 15.374 casos de violência sexual, com 76% destes casos envolvendo vítimas consideradas vulneráveis. Essas estatísticas mostram que é fundamental agir de forma concreta e eficaz para proteger os menores, através de campanhas de conscientização e treinamento de profissionais de saúde que têm a obrigação de notificar qualquer suspeita de abuso.
Essa discussão, impulsionada por episódios como o de Felca, é um lembrete de que todos temos um papel fundamental na proteção da infância e da adolescência em um mundo cada vez mais digital.
