Fed sinaliza desaceleração nos cortes de juros e ouro fecha em queda pelo sexto dia consecutivo em Nova York.



O mercado de ouro fechou em queda nesta quinta-feira, 19, registrando um sexto dia consecutivo de perdas. A principal razão apontada para essa queda foi a sinalização do Federal Reserve (Fed) de que irá desacelerar o ritmo de cortes de juros em 2025. Essa notícia impactou diretamente no desempenho do metal precioso, que também foi pressionado pelo aumento dos rendimentos longos dos Treasuries, atingindo os maiores níveis desde maio, e pela valorização do dólar.

O ouro para fevereiro encerrou o dia com uma queda de 1,70%, cotado a US$ 2.608,10 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Analistas da Peak Trading Research apontaram que a postura mais hawkish do Banco Central Americano indica um cenário de dólar forte até 2025, o que pode prejudicar ainda mais o desempenho do ouro.

Para o futuro, a perspectiva econômica de curto a médio prazo dos Estados Unidos pode trazer mais desafios do que benefícios para o ouro, prolongando a fase de consolidação atual. No entanto, a retomada das compras pelo Fed no longo prazo pode impulsionar novamente os preços, de acordo com análise da Julius Baer.

Após um ano de destaque para o ouro em 2024, o metal precioso está projetado para ter um ganho mais modesto no próximo ano, conforme avaliação do RBC Capital Markets, com previsão média de US$ 2.771 por onça-troy em 2025 e US$ 2.848 em 2026. A oscilação nos preços poderá ocorrer caso os fatores macroeconômicos negativos se acentuem ou se houver uma demanda mais forte por parte dos bancos centrais.

O mercado segue atento às movimentações do Fed e às oscilações do dólar, pois esses fatores continuarão exercendo forte influência no desempenho do ouro nos próximos meses. A volatilidade do metal precioso deve persistir, refletindo as incertezas e as mudanças no cenário econômico global.

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