Desde a sua criação em 2021, o MED tem sido amplamente utilizado, com 1,5 milhão de pedidos de devolução por fraude em 2022, e 2,5 milhões em 2023. A popularidade do Pix entre os criminosos também tem sido evidente, com um estudo da instituição financeira Asaas apontando que o Pix se tornou a modalidade preferida para aplicação de golpes, superando o cartão de crédito e os boletos.
No entanto, mesmo com a crescente demanda por devoluções, muitas solicitações acabam sendo rejeitadas devido à falta de recursos nas contas dos fraudadores. Um estudo da fintech Silverguard identificou que 89% das solicitações de devolução via MED são negadas por esse motivo, já que os golpistas costumam transferir rapidamente o dinheiro para outras contas ou sacá-lo após a fraude.
Diante desse cenário, a Febraban propôs um novo modelo para o MED, chamado de MED 2.0. A ideia é expandir o bloqueio de recursos para outras camadas de triangulação, evitando assim a prática de diferentes tipos de fraudes no uso do Pix. O projeto está em desenvolvimento e a previsão é que seja implementado até o final de 2025.
Apesar da importância do MED para garantir a segurança das transações via Pix, a pesquisa da Silverguard também apontou que a maioria dos brasileiros desconhece o funcionamento desse mecanismo. Portanto, é fundamental que os usuários estejam cientes de como acionar o MED em caso de fraudes, como entrar em contato com o banco e seguir os procedimentos necessários para solicitar a devolução do valor.
Nesse sentido, a iniciativa da Febraban em aprimorar o MED é um passo importante para combater as fraudes no Pix e garantir a confiança dos usuários no sistema de pagamentos instantâneos. A expectativa é que as mudanças propostas possam tornar o processo de devolução mais eficiente e seguro, beneficiando tanto as vítimas de fraudes quanto os usuários em geral.