Segundo o comunicado divulgado pela FDA, a decisão de reverter a proibição foi baseada em novas evidências e na revisão das informações fornecidas pela empresa. A Juul, que há anos vinha sendo alvo de investigações e críticas por seu marketing voltado para jovens e por seus sabores atrativos, comemorou a medida e se comprometeu a colaborar com a agência seguindo critérios científicos e baseados em evidências.
No Brasil, por outro lado, o cenário é bem diferente. Em abril deste ano, a Anvisa aprovou uma norma que reforça a proibição dos dispositivos de cigarro eletrônico no país, estendendo o veto que estava em vigor desde 2009. A nova regulamentação define de forma clara e abrangente o que são os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs) e proíbe não apenas os aparelhos em si, mas também qualquer acessório, peça, parte ou refil destinado ao uso com esses dispositivos.
Além disso, a norma brasileira também veta a entrada de cigarros eletrônicos no país, mesmo na bagagem acompanhada, e proíbe seu uso em ambientes coletivos fechados. Essa medida acaba sendo uma resposta mais rígida às preocupações com a saúde pública e o uso de produtos que ainda não têm seus impactos totalmente conhecidos.
Enquanto nos Estados Unidos a Juul tem a chance de retomar suas vendas, no Brasil a Anvisa segue firme em sua posição de manter os cigarros eletrônicos longe do mercado nacional. A discussão sobre a regulamentação desses produtos continua sendo um tema de interesse tanto nos EUA quanto no Brasil, com diferentes abordagens e medidas adotadas por cada país para lidar com essa questão complexa.