Faustão revela funcionamento da fila de transplante cardíaco no Brasil em entrevista esclarecedora. Imperdível!



O apresentador Fausto Silva, conhecido como Faustão, passou por um transplante de coração no último domingo, conforme anunciado pelo Hospital Albert Einstein, onde ele está internado. Faustão estava enfrentando uma insuficiência cardíaca, uma condição em que o coração não consegue bombear sangue adequadamente para os outros órgãos. Essa condição pode levar à falência de outros órgãos devido à falta de sangue e oxigênio. O transplante foi necessário para evitar complicações graves.

No Brasil, existe uma fila única para transplantes de órgãos, que inclui pacientes tanto do sistema público de saúde quanto do privado. A ordem na fila é determinada com base na gravidade do caso, tempo de espera e compatibilidade sanguínea. No momento, mais de 65 mil pessoas estão aguardando por um órgão na fila, de acordo com o Ministério da Saúde.

A fila segue uma ordem cronológica de inclusão dos pacientes, mas algumas pessoas podem ser priorizadas devido à gravidade de sua condição clínica. Os critérios de prioridade são estabelecidos pelo Ministério da Saúde. No caso do Faustão, não foram divulgados detalhes sobre sua posição na fila.

Quanto aos transplantes de coração, atualmente há 386 pessoas aguardando por um órgão. O tempo de espera pode chegar a 18 meses e muitos pacientes acabam falecendo enquanto aguardam. Segundo o cardiologista Félix Ramires, diretor científico da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, se o paciente aguarda em casa, a espera pode ser superior a 1 ano, podendo chegar a 2 anos. Se estiver hospitalizado e for considerado prioritário, pode aguardar até seis meses.

Um dos principais problemas é o número de doadores. Mesmo que o paciente seja oficialmente um doador de órgãos, a decisão final é da família. Muitas vezes, a família não autoriza a doação. Além disso, há casos em que a captação dos órgãos não é feita corretamente, impossibilitando o transplante.

A doação de órgãos só é possível após a morte cerebral do paciente. Fatores como peso, altura e tipo sanguíneo são considerados para decidir quem será o receptor.

Quanto ao tempo de espera por um coração, pode chegar a 18 meses no Brasil. Durante o primeiro semestre de 2023, o país realizou 206 transplantes de coração, um aumento de 16% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo o Ministério da Saúde, desde então, foram realizados mais 52 transplantes, totalizando 258 até o dia 22 de agosto. Se continuar nesse ritmo, o Brasil pode chegar a mais de 400 procedimentos em 2023, superando os 362 realizados no ano passado.

O transplante de Faustão é um exemplo das dificuldades enfrentadas pelos pacientes que aguardam na fila por um novo órgão. Esperamos que sua recuperação seja bem-sucedida e que esse episódio desperte uma reflexão sobre a importância da doação de órgãos no Brasil.

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