A atuação desses monitores e educadores sociais voluntários se torna essencial nas escolas, uma vez que estão presentes para auxiliar os estudantes em diversas áreas, como alimentação, locomoção e higiene, conforme a necessidade de cada aluno. A Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13.146/2015) garante que os estudantes com deficiência, incluindo os autistas, tenham direito a recursos de apoio individualizados, como monitores e cuidadores.
A ausência desses profissionais impacta diretamente na aprendizagem e socialização dos jovens. Gabriel Apolinário, de 17 anos, relatou sua experiência em uma escola onde não havia monitor exclusivo, o que resultou em dificuldades de socialização com os colegas. A falta de compreensão por parte dos demais alunos em relação ao Transtorno do Espectro Autista também foi mencionada por Gabriel, juntamente com os desafios enfrentados na cantina da escola devido à seletividade alimentar.
Recentemente, pais de uma criança com TEA obtiveram na Justiça o direito a um monitor exclusivo para o filho em uma escola pública de Taguatinga. Fernanda Domingues, mãe de Gael Domingues Soares, enfatizou a importância desses profissionais para o desenvolvimento adequado de crianças com autismo, ressaltando a necessidade de um atendimento especializado e exclusivo para atender às demandas específicas de seu filho.
A Secretaria de Educação do Distrito Federal comprometeu-se a disponibilizar o monitor exclusivo e cumprir a decisão judicial. Atualmente, a rede pública de ensino conta com 1.408 monitores responsáveis por auxiliar os estudantes com deficiências, respeitando a sua autonomia e oferecendo suporte de acordo com a necessidade de cada aluno. A família de Gael ainda aguarda a efetivação desse suporte para garantir o pleno desenvolvimento do seu filho.