Falta de suporte às mulheres com endometriose é destaque em sessão na Câmara dos Deputados em homenagem ao Dia Nacional de Luta

Em uma sessão solene realizada na Câmara dos Deputados em homenagem ao Dia Nacional de Luta contra a Endometriose, parlamentares e especialistas uniram vozes para destacar a falta de suporte às mulheres que sofrem com essa doença e defender a importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado.

A endometriose é uma condição caracterizada pela presença do endométrio fora do útero. O endométrio é a camada que reveste internamente a cavidade uterina e é renovada mensalmente por meio da descamação durante o fluxo menstrual. Os principais sintomas da endometriose incluem cólicas intensas durante o período menstrual, dor durante as relações sexuais, dor e sangramento intestinais e urinários durante a menstruação, e dificuldade de engravidar.

A data de 13 de março, celebrada como o Dia Nacional de Luta contra a Endometriose, foi instituída pela Lei 14.324/22, que também estabeleceu a Semana Nacional de Educação Preventiva e de Enfrentamento à Endometriose. Como um alerta para a população, o prédio do Congresso Nacional está iluminado de amarelo durante essa semana.

Durante a sessão, a deputada Dayany Bittencourt, coordenadora da Frente Parlamentar da Endometriose, compartilhou sua experiência pessoal com a doença, destacando a importância de ações legislativas para melhorar o suporte às mulheres afetadas. A deputada já apresentou diversos projetos de lei relacionados ao tema, como o PL 1069/23, que propõe diretrizes para a melhoria da saúde das mulheres com endometriose.

Outras parlamentares, como Maria Rosas e Rosângela Moro, ressaltaram a necessidade de mais atenção para a endometriose, apontando os impactos sociais e econômicos da doença. Dados do DataSus mostram que, nos últimos cinco anos, milhares de mulheres foram internadas devido à endometriose, destacando os desafios enfrentados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para oferecer tratamento adequado.

Especialistas presentes na sessão também alertaram para a demora no diagnóstico da endometriose, que muitas vezes leva de sete a dez anos para ser confirmado. O ginecologista Alexandre Brandão enfatizou a importância de investigar as cólicas menstruais incapacitantes e garantir um tratamento adequado e precoce para evitar complicações, como a infertilidade.

Em meio aos relatos comoventes e informações essenciais compartilhadas durante a sessão solene, fica evidente a urgência de ações concretas para melhorar o suporte e o tratamento oferecidos às mulheres que enfrentam a endometriose, uma condição que afeta milhões de mulheres em todo o mundo e exige atenção especial da sociedade e das autoridades de saúde.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo