Falta de combustível coloca 2 milhões de pessoas em risco de ficar sem água potável na Faixa de Gaza, alerta ONU


A Faixa de Gaza enfrenta atualmente uma grave crise hídrica, colocando em risco a vida de pelo menos 2 milhões de pessoas, de acordo com um alerta feito neste último sábado pela ONU. Philippe Lazzarini, comissário-geral da agência da ONU que presta assistência aos palestinos, afirmou em comunicado que a situação se tornou uma questão de vida e morte. Para que a água seja disponibilizada para a população, é crucial que haja a entrega de combustíveis.

A escassez de água na região tem levado as pessoas a recorrerem a poços com água suja, aumentando assim o risco de doenças. A situação se agrava ainda mais pelo fato de as três usinas de dessalinização de Gaza, que produziam 21 milhões de litros de água potável por dia, terem paralisado suas operações devido à falta de combustível. Esse cenário é resultado do cerco imposto por Israel, que controla a região e impede a entrada de suprimentos essenciais.

Além da falta de água, o conflito entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas tem causado uma crise humanitária generalizada em Gaza. Cerca de 1 milhão de pessoas, metade da população local, foram desalojadas desde o início do conflito, que já dura oito dias. O Exército de Israel solicitou que mais de 1 milhão de residentes do norte de Gaza se dirigissem para o sul do enclave densamente povoado, em antecipação a uma possível ofensiva terrestre.

A ONU estabeleceu prazos para a retirada dos civis, mas até o momento não houve o início de uma grande ofensiva terrestre por parte de Israel. No entanto, incursões pontuais têm sido feitas para buscar reféns sequestrados pelo Hamas. As dezenas de milhares de famílias deslocadas em Gaza estão amontoadas em escolas, hospitais e casas de amigos e familiares, enfrentando dificuldades para encontrar alimentos, abrigo e água.

A situação é desesperadora para os moradores de Gaza. Zeina Ghanem, uma moradora local, descreveu a situação como uma luta pela vida, com falta de comida, água e sono. A violência também tem sido intensa, com relatos de ataques aéreos israelenses atingindo comboios de veículos que tentam fugir para o sul, resultando na morte de pelo menos 70 pessoas, a maioria mulheres e crianças pequenas.

É importante ressaltar que as informações apresentadas não citam especificamente nenhuma fonte, mas são baseadas em relatos da ONU e de autoridades de Gaza. A crise humanitária em Gaza exige ação imediata da comunidade internacional para garantir a segurança e o bem-estar da população local.

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