O embate entre Lula e Israel resultou em medidas drásticas por parte do governo israelense, que declarou o ex-presidente brasileiro como persona non grata e repreendeu publicamente o embaixador do Brasil em Jerusalém. Lula, por sua vez, chamou o embaixador de volta ao país e convocou o chefe da representação de Israel em Brasília para esclarecimentos.
Em entrevista, Lula negou ter utilizado a palavra “Holocausto” em suas declarações e ressaltou a gravidade das mortes ocorridas na Faixa de Gaza. No entanto, a retórica empregada pelo ex-presidente foi interpretada como antissemita por diversos setores da sociedade.
Além de Lula, outros líderes latino-americanos também foram citados na audiência como exemplos negativos. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, acusou Israel de genocídio e comparou a situação em Gaza ao Holocausto. Já o presidente do Chile, Gabriel Boric, criticou a resposta israelense aos ataques do grupo Hamas como desproporcional.
A embaixadora Deborah Lipstadt destacou a importância de distinguir críticas legítimas a Israel do antissemitismo, ressaltando que a responsabilização global de todos os judeus por questões políticas configura um ato de discriminação. No entanto, ela expressou preocupação com a postura de alguns países latino-americanos, como a Bolívia, que suspenderam relações diplomáticas com Israel.
O episódio envolvendo Lula e Israel reacendeu o debate sobre a relação entre política e antissemitismo, gerando críticas internacionais e exigindo uma postura mais clara por parte dos governantes envolvidos. A repercussão do caso continuará a ser acompanhada de perto nos próximos dias.