O início da Primeira Guerra Mundial teve como catalisador o assassinato do arquiduque Franz Ferdinand da Áustria e sua esposa, em 28 de junho de 1914, por um jovem sérvio. Esse acontecimento desencadeou uma série de reações em cadeia entre as alianças militares das nações europeias. O Império Austro-Húngaro declarou guerra à Sérvia, provocando a intervenção da Rússia em apoio aos sérvios, seguida pela França e Inglaterra. Em resposta, a Alemanha declarou guerra à Rússia em 1º de agosto de 1914.
No dia seguinte à declaração de guerra à Rússia, os jornais alemães relataram o falso ataque francês a Nuremberg, alegando que aviões franceses haviam bombardeado a cidade e danificado linhas férreas. Esse suposto ato foi considerado uma violação flagrante do direito internacional e serviu para fomentar o sentimento nacionalista entre os alemães. Jovens alemães tomaram as ruas, entoando canções patrióticas e celebrando a iminente mobilização militar.
A notícia falsa ajudou a consolidar o apoio popular aos planos militares do governo alemão, que, no dia seguinte, declarou guerra à França. Este episódio evidencia como a disseminação de desinformação pode ser usada estrategicamente para justificar ações políticas e militares.
A Primeira Guerra Mundial envolveu 17 países e levou ao recrutamento de milhões de soldados. Após quatro anos de conflitos intensos, que resultaram em mais de dez milhões de mortos, o cessar-fogo veio com a assinatura do Armistício de Compiègne em novembro de 1918.
Esses eventos são relembrados em programas como o “História Hoje”, da Rádio Nacional, que mantém viva a memória de acontecimentos históricos e curiosidades. As edições diárias são disponibilizadas na Radioagência Nacional, proporcionando aos ouvintes uma rica fonte de informações sobre o passado. Esse quadro é uma ferramenta importante para refletirmos sobre o impacto das informações — verdadeiras ou falsas — na formação da opinião pública e no curso da história mundial.