A engenheira Isis Anchalee teve a conta no Facebook; Isis também é a sigla em inglês para Estado Islâmico. (Foto: Arquivo Pessoal/Isis Anchalee)
O Facebook bloqueou sem justificativa a conta de uma engenheira chamada Isis, que coincide com a sigla em inglês para Estado Islâmico. Depois de ter o acesso barrado mesmo comprovando sua identidade, ela desabafou nesta terça-feira (17) no Twitter: “Facebook acha que eu sou terrorista”.
Chamada Isis Anchalee, a engenheira trabalha em San Francisco, na Califórnia (EUA), o mesmo em que a rede social está sediada. Ela também é conselheira da entidade Women Who Code, voltada à promoção da maior inclusão das mulheres em empresas de tecnologia.
Recentemente o Estado Islâmico (EI ou Isis) assumiu dois grandes ataques terroristas, a queda do avião da companhia aérea russa Metrojet e dos atentados à cidade de Paris. As duas tragédias deixaram 224 e 129 pessoas mortas, respectivamente.
Após ter sua conta no Facebook bloqueada, ela enviou por duas vezes cópias de seu passaporte. O objetivo era comprovar de que se tratava de uma pessoa real e que usava o nome verdadeiro, e não se tratava de um perfil destinado a propagandear as ideias do grupo jihadista.
Como não conseguiu sequer uma resposta da rede social, Isis resolveu contatar a empresa pelo Twitter. “Facebook, porque vocês desabilitaram minha conta pessoal? Meu nome real é Isis Anchalee”, escreveu na segunda-feira (16).
Como não obteve resultado nem foi respondida pela empresa, ela voltou à carga no dia seguinte. “Facebook acha que eu sou terrorista. Aparentemente, enviar a eles uma cópia do meu passaporte não é bom suficiente para eles reabrirem minha conta.”
Depois de fazer o envio pela terceira vez, a engenheira foi contatada por Omid Farivar, um pesquisador do Facebook. “Isis, desculpa por isso. Eu não sei o que aconteceu. Eu reportei isso às pessoas certas e nós estamos trabalhando para consertar isso”, afirmou, no Twitter.
Farivar não só se desculpou como disse que o assunto estava resolvido. “Atualização: sua conta deve voltar. Desculpas novamente.”
O incidente não foi o único vivenciado por Isis. Ela reclamou que motoristas do Uber e do Lyft, dois sistemas alternativos de transporte, vivem perguntando sobre a origem de seu nome.