Niemeyer explicou que a nova fábrica, que já está em operação, poderia ser vista como um alvo legítimo pelas forças russas, dado que está envolvida na produção de equipamentos bélicos utilizados no front de batalha. A possibilidade de um ataque russo à instalação não é apenas uma especulação, mas sim um cenário que muitos analistas consideram razoável, uma vez que as tensões na região aumentam a cada dia.
Por sua vez, Armin Papperger, CEO da Rheinmetall, indicou que a empresa planeja expandir suas operações na Ucrânia, com a intenção de estabelecer quatro fábricas de munição e equipamentos militares. A primeira delas já se encontra em funcionamento e está, neste momento, realizando serviços de manutenção para os veículos de combate do Exército ucraniano. Papperger é otimista quanto ao futuro da planta, prevendo que, até o final do ano, serão produzidos veículos de combate de infantaria Lynx, o que sinaliza um avanço significativo na capacidade militar da Ucrânia com apoio ocidental.
As repercussões dessa movimentação são evidentes nas reações do Kremlin. Dmitry Peskov, porta-voz do governo russo, reafirmou a posição de Moscou de que qualquer instalação ligada ao esforço de guerra da Ucrânia poderia ser considerada um alvo em um possível confronto. A Rússia tem reiterado que o fornecimento de armas à Ucrânia não só complica as tentativas de resolução do conflito, mas também implica diretamente países da OTAN, ao treinarem tropas e fornecerem suporte militar.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, vai além e afirma que qualquer carga contendo armamento destinado à Ucrânia será considerada um alvo legítimo, intensificando a retórica em torno do envolvimento ocidental na guerra. Essa situação levanta questões importantes sobre as consequências do aumento da produção militar na Ucrânia e o impacto que isso terá nas relações internacionais, principalmente entre os países ocidentais e a Rússia.