O ministro do Interior, Gérald Darmanin, classificou o ataque como um “ato evidentemente criminoso” e afirmou que todos os meios estão sendo mobilizados para identificar o autor do atentado. Como medida de segurança, Darmanin ordenou o aumento da presença policial em todos os locais de culto judaico na França, visando a proteção da comunidade judaica.
O prefeito da cidade, Stéphan Rossignol, relatou que um policial municipal ficou ferido durante o incêndio, sem fornecer detalhes sobre a gravidade dos ferimentos. Tanto Darmanin quanto o primeiro-ministro Gabriel Attal anunciaram que se dirigiriam ao local da explosão para acompanhar de perto a situação.
De acordo com informações da polícia, a explosão foi supostamente causada pelo botijão de gás escondido no interior de um dos veículos incendiados. La Grande-Motte, uma localidade próxima a Montpellier, atrai uma população significativa durante a temporada turística de verão, apesar de possuir uma população residente de aproximadamente 8.500 habitantes.
O estado de alerta na França e em outras nações europeias tem se mantido elevado desde o início dos conflitos em Gaza, em outubro do ano passado. O governo francês registrou um aumento significativo nos atos antissemitas, com 887 casos reportados apenas no primeiro semestre de 2024, quase triplicando em relação ao mesmo período de 2023.
O Conselho Representativo de Instituições Judaicas da França (CRIF) condenou veementemente o ataque, classificando-o como um “atentado contra a vida dos judeus”. O presidente do CRIF, Yonathan Arfi, destacou a gravidade do incidente ao afirmar que o uso de um botijão de gás com a intenção de provocar danos a fiéis em uma sinagoga demonstra uma clara intenção de causar danos irreparáveis.