O laudo apontou que a explosão foi desencadeada por um vazamento de gás, causado pelo armazenamento inadequado de botijões pelo ocupante do apartamento 731 B, local que se tornou o epicentro das chamas. A gravidade do desastre foi intensificada pelo fato de que essas alterações não autorizadas comprometiam a integridade estrutural do imóvel, especialmente no térreo, área responsável por sustentar as estruturas superiores.
Marcelo Velez, perito responsável pela avaliação, destacou que as alterações indevidas podem ter exercido um papel crucial na extensão dos danos. “Mudanças na estrutura térrea do bloco, que tem um papel essencial na sustentação dos andares superiores, podem ter contribuído significativamente para a quantidade de destruição observada. É essencial seguir as normas de engenharia, que proíbem modificações sem os devidos projetos e aprovações”, afirmou Velez.
Além disso, a perícia examinou o tipo de material usado na construção do prédio, que era feito com concreto celular moldado. Esse tipo de material, embora adequado para determinadas aplicações, se mostrou vulnerável durante a explosão, potencializando o desabamento e a devastação. “Essas paredes não apenas fazem a vedação mas têm também função estrutural. O comprometimento dessa estrutura foi um dos fatores que explicam a magnitude da destruição”, concluiu o perito.
O incidente ressalta a importância da conformidade com as normas de segurança em construções, além do impacto que alterações não autorizadas podem ter em situações extremas. As autoridades estão convocando os moradores a se conscientizarem sobre os riscos relacionados à modificação da estrutura de seus lares, para evitar tragédias semelhantes no futuro.