Neste contexto, a presidência russa, que iniciou em janeiro de 2024, trouxe novos membros para a organização, como Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, elevando consideravelmente o perfil e a influência do grupo no cenário internacional. A 16ª Cúpula do BRICS, realizada em Kazan entre 22 e 24 de outubro, contou com a participação de representantes de 36 países e diversas organizações internacionais, demonstrando a relevância crescente da aliança.
Com a presidência brasileira em 2025, o lema escolhido é “Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável”. Especialistas acreditam que essa mudança trará uma nova dinâmica às discussões e ações do BRICS, focando em temas fundamentais como a construção de um sistema financeiro internacional diversificado e a busca por soluções que visem a redução da pobreza.
Wang Youming, especialista do Instituto de Estudos Internacionais da China, prevê um fortalecimento da cooperação entre os membros e considera que as iniciativas sob a liderança brasileira incluirão esforços para eliminar as disparidades entre o Norte e o Sul, além de buscar uma governança mais equitativa. Ele enfatiza que o BRICS possui o potencial de oferecer uma alternativa significativa às estruturas tradicionais de poder global, que frequentemente marginalizam as nações em desenvolvimento.
Portanto, a transição para a presidência brasileira não apenas simboliza uma nova etapa na história do BRICS, mas também destaca a crescente importância deste bloco no contexto global, sugerindo que futuras ações poderão moldar o futuro da governança internacional e promover uma realidade mais inclusiva e sustentável.