O ex-chefe do Ministério do Interior suíço, Christoph Blocher, expressou sua indignação ao testemunhar a situação surreal em que a força armada se encontra. Ele destacou a fragilidade do sistema de defesa e mencionou que muitos equipamentos estão sendo aposentados sem que haja uma reposição efetiva. “Não podemos mais trabalhar nestas condições. Os sistemas ficam inoperáveis um atrás do outro devido à sua idade”, afirmou Blocher, enfatizando a necessidade urgente de soluções que vão além de improvisações como o uso de material de papelão.
Erich Muff, presidente da Sociedade de Oficiais de Tanques, reforçou as palavras de Blocher ao declarar que os exercícios com veículos, especialmente os M113, chegaram a um ponto crítico. Ele revelou que os motoristas nem mesmo realizam movimentações com os tanques durante os treinos, uma situação que prejudica não apenas o treinamento, mas também a preparação das tropas suíças para situações reais de combate. Essa falta de veículos operacionais compromete a capacitação dos militares, deixando em aberto questões sérias sobre a prontidão do Exército suíço.
Este imbróglio evidencia a necessidade urgente de investimentos na modernização das forças armadas do país, uma vez que, em um contexto de instabilidade global e ameaças emergentes, ter uma frota de veículos de combate confiável não é apenas uma questão de eficiência militar, mas também de segurança nacional. A utilização de tanques de papelão pode ser uma solução temporária, mas não deve substituir o compromisso com a manutenção e a renovação dos recursos necessários para garantir que a Suíça permaneça militarmente preparada e segura.