Exército israelense desocupa campos de refugiados palestinos, gerando temor de nova Nakba na Cisjordânia: mais de 40 mil deslocados.



No último domingo (23), o Exército israelense desocupou três campos de refugiados palestinos localizados no norte da Cisjordânia, o que resultou no deslocamento de pelo menos 40 mil palestinos de suas residências. Essa ação militar suscitou o temor entre os moradores de uma possível repetição da Nakba, termo em árabe que remete à “catástrofe” ocorrida após a primeira guerra árabe-israelense, em 1947-1948, quando mais de 700 mil palestinos foram expulsos de suas casas.

A operação das Forças de Defesa de Israel (FDI) marcou a primeira vez, em duas décadas, que tanques foram enviados para a Cisjordânia. Essa medida intensificou a tensão entre Israel e a Palestina, região que abrange a Faixa de Gaza e a Cisjordânia. De acordo com o portal Al Jazeera, os palestinos estão receosos de uma escalada nos conflitos e uma subsequente onda de deslocamentos.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, autorizou a entrada dos tanques na Cisjordânia em resposta à explosão de três ônibus vazios em Tel Aviv, na última quinta-feira (20). Embora não tenham ocorrido vítimas nesse incidente, a polícia local está investigando a possibilidade de um ataque terrorista. O gabinete de Netanyahu descreveu as explosões como uma tentativa de ataque em massa, o que justificou a ação militar.

Além disso, o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, comunicou que os campos de refugiados palestinos em Jenin, Tulkarem e Nur Shams foram desocupados e os moradores foram proibidos de retornar. Segundo Katz, cerca de 40 mil palestinos já deixaram essas áreas, que agora se encontram vazias. Ele afirmou ainda que os soldados israelenses devem permanecer na região por um longo período e não permitirão o retorno dos habitantes deslocados.

Essa recente ação militar de Israel na Cisjordânia intensificou as tensões no conflito entre israelenses e palestinos, gerando preocupações tanto na comunidade internacional quanto nos próprios residentes da região. A escalada dessa situação torna ainda mais incerto o cenário político e social dessas áreas disputadas.

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