O sequestro em massa, ocorrido em 2014, causou comoção global e deu origem à campanha “Traga nossas meninas de volta”. Ao longo dos anos, o Exército conseguiu resgatar diversas das jovens sequestradas, muitas das quais foram forçadas a se casar com seus raptores. No entanto, cerca de 100 meninas ainda permanecem desaparecidas, evidenciando a dimensão do impacto desse evento trágico.
O Boko Haram, enfraquecido por ações militares e disputas internas com o Estado Islâmico da África Oriental, continua a perpetrar ataques no norte da Nigéria, sobretudo em regiões remotas. Desde 2009, a insurgência jihadista na área já resultou na morte de mais de 40 mil pessoas e no deslocamento de 2 milhões de indivíduos.
Os sequestros em massa representam uma grande ameaça na Nigéria, dada a atuação de grupos armados que buscam resgates ao atacar estradas, residências e escolas. Segundo a ONG Save the Children, mais de 1.680 estudantes foram sequestrados em instituições de ensino no país entre os anos de 2014 e 2022, evidenciando a gravidade da situação.
O resgate de Lydia é um sinal de esperança para as famílias das vítimas e um lembrete da persistência dos desafios enfrentados pela Nigéria no tocante à segurança e proteção de seus cidadãos. A luta contra o terrorismo e a violência armada continua sendo uma prioridade para as autoridades do país, conforme buscam garantir a paz e a estabilidade em meio a um cenário complexo e instável.