Segundo membros do partido ligados ao presidente nacional, Marconi Perilo, Vinholi teria realizado eleições virtuais sem o devido chamamento oficial de todos os integrantes do diretório estadual, infringindo as regras da legenda. A disputa interna ganhou ainda mais destaque pela proximidade de Vinholi com o ex-governador João Doria, que recentemente deixou o PSDB.
A reunião que definiu Vinholi como presidente ocorreu de forma virtual no dia 6 de março. O ex-deputado estadual nega as acusações e afirma que a eleição foi convocada pelo próprio diretório estadual. Em nota, Vinholi ressaltou que a votação contou com a participação de 97 dos 105 membros do diretório, representando a maioria do partido em São Paulo.
A anulação da eleição foi decidida em uma reunião da executiva nacional, com 30 votos favoráveis. O presidente do diretório municipal de São Paulo, José Anibal, criticou a forma como a votação foi conduzida por Vinholi, alegando que ele não convocou todos os membros e realizou voto aberto em um momento em que o partido busca se unir.
A divergência quanto à forma de escolha da executiva estadual também foi destacada, com mensagens de uma lista de transmissão do partido indicando adiamentos na data da eleição. Enquanto aliados de Perillo acreditam que a votação de Vinholi não deveria ter ocorrido, o ex-deputado se defende, explicando que caberia ao diretório, e não à executiva provisória, convocar ou adiar reuniões.
Diante do impasse, a expectativa é de que uma nova executiva estadual provisória seja convocada, até que novas eleições sejam realizadas. O episódio evidencia a fragilidade interna do PSDB paulista, com disputas internas em um momento crucial para a vida política do partido.