O Ministério emitiu um comunicado oficial informando que Jorge Glas Espinel, condenado à prisão pela justiça equatoriana, foi detido naquela noite e colocado sob custódia das autoridades competentes. A operação de prisão envolveu homens uniformizados adentrando a embaixada mexicana, localizada ao norte de Quito, que estava cercada por policiais e militares.
A concessão de asilo ao ex-vice-presidente pelo México acabou provocando um desgaste nas relações bilaterais, culminando na expulsão da embaixadora mexicana Raquel Serur, declarada persona non grata pelas autoridades equatorianas. Em resposta, o Ministério da Comunicação destacou a importância das embaixadas como espaços diplomáticos para fortalecer relações entre países e ressaltou que nenhum criminoso pode alegar perseguição política, já que Glas foi condenado e teve um mandado de prisão expedido.
Diante do incidente diplomático, o presidente mexicano decidiu pela “suspensão” das relações com o Equador, alegando ser uma violação do direito internacional e soberania mexicana. Jorge Glas, que foi vice-presidente durante o mandato de Rafael Correa, é acusado de desviar verbas públicas destinadas à reconstrução de cidades afetadas por um terremoto em 2016.
O Equador classificou o asilo concedido pelo México como “ilegal” e reiterou que não facilitará a saída do ex-funcionário do país. A situação tensionou as relações entre as nações e gerou um intenso debate tanto nacional quanto internacional sobre os limites da imunidade diplomática e a responsabilidade de cada país perante atos ilícitos de políticos envolvidos em casos de corrupção.