Ex-vice-presidente do Equador hospitalizado após overdose em prisão de segurança máxima na sequência de invasão da embaixada do México.


O ex-vice-presidente do Equador, Jorge Glas, foi hospitalizado após sofrer uma overdose de ansiolíticos, antidepressivos e sedativos. A situação ocorreu após sua prisão na embaixada do México em Quito, em uma invasão policial que gerou uma grande polêmica internacional. O presidente do México atribuiu a invasão à fraqueza do governo equatoriano e criticou o líder local, chamando-o de inexperiente.

Glas está estável, de acordo com seus advogados, mas permanece detido na prisão de segurança máxima de Guayaquil. A invasão da embaixada mexicana, que resultou na captura de Glas, levou ao rompimento de relações diplomáticas entre o Equador e o México. O incidente gerou críticas de diversos países e organismos internacionais, que acusaram o presidente equatoriano de violar a Convenção de Viena.

O advogado de Glas relatou que o ex-vice-presidente foi encontrado desacordado em sua cela, recusando-se a comer nas primeiras 24 horas após sua prisão. Hospitalizado no Hospital Naval de Guayaquil, Glas permanecerá em observação por várias horas.

As tensões entre Equador e México continuam aumentando, com a preparação de uma demanda que será apresentada à Corte Internacional de Justiça. A invasão da embaixada mexicana foi condenada por cerca de trinta países, incluindo o Brasil, e por organismos como a ONU e a OEA.

Jorge Glas foi vice do presidente Rafael Correa e se refugiou na embaixada do México para evitar voltar à prisão, onde passou cinco anos por corrupção no caso Odebrecht. Sua nova prisão está relacionada a acusações de desvio de fundos públicos para reconstrução de regiões afetadas por um terremoto. A situação se agravou após declarações polêmicas de ambos os presidentes, com López Obrador chamando a ação equatoriana de autoritária e questionando a legitimidade das eleições no país.

Após a ruptura de relações diplomáticas, colaboradores da embaixada mexicana retornaram ao México. O incidente coloca em xeque a tradição mexicana de acolher perseguidos políticos de outros países, e já gerou reações em países como Bolívia e Nicarágua, que também romperam laços com o México.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!



Botão Voltar ao topo