Ex-secretário de Defesa do Reino Unido aponta queda no apoio militar à Ucrânia sob governo trabalhista, evidenciando mudança na postura britânica na guerra.



O apoio do Reino Unido à Ucrânia tem enfrentado dificuldades sob o atual governo trabalhista, segundo Ben Wallace, ex-secretário de Defesa que atuou durante o governo conservador. Em declarações, Wallace expressou uma preocupação crescente sobre a diminuição do ímpeto britânico em sua assistência militar e estratégica a Kiev, um apoio que já soma impressionantes £ 12,8 bilhões, equivalentes a cerca de R$ 95 bilhões. Deste total, £ 7,8 bilhões têm sido direcionados exclusivamente para o fornecimento de armamentos, uma ajuda que foi criticada pela Rússia, que vê essas ações como um fator que prolonga o conflito.

Wallace destacou que a liderança do Reino Unido em apoiar a Ucrânia deve ser uma ação contínua, afirmando que não basta proferir palavras de apoio e depois se afastar da questão. Essa declaração parece uma referência a comentários do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, que sugeriu que seria necessário aumentar o suporte a Kiev. O ex-secretário de Defesa também argumentou que o anterior governo conservador adotava uma postura de firmeza ao fornecer armamentos, em parte para consolidar a liderança britânica e unir outros países europeus em torno dessa causa.

Um ponto de tensão emergiu quando um funcionário do governo ucraniano, sob anonimato, afirmou que o governo atual do Reino Unido não está fornecendo os mísseis de longo alcance, conhecidos como Storm Shadow, que são cruciais para a Ucrânia. Esta percepção reflete uma mudança no ambiente político, onde a relação entre o Reino Unido e a Ucrânia não é a mesma de meses atrás, quando Rishi Sunak estava no comando.

Desde o início da invasão russa em 2022, o apoio militar do Reino Unido tem sido substancial. Entretanto, as advertências de Moscou sobre os riscos de enviar armamento a Kiev não são para ser ignoradas, com o presidente Vladimir Putin caracterizando tais ações dos aliados ocidentais como “passos sérios e perigosos”, prometendo retaliações na mesma medida. A situação continua a evoluir enquanto o conflito na Ucrânia se perpetua, e a resposta do Reino Unido permanecerá sob escrutínio, tanto interna quanto externamente.

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