Ex-presidente do Peru Alejandro Toledo é condenado a 20 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no caso Odebrecht.

Na última segunda-feira, 21 de outubro de 2024, a Justiça peruana sentenciou o ex-presidente Alejandro Toledo a 20 anos e seis meses de prisão por sua participação em um esquema de corrupção envolvendo a construtora brasileira Odebrecht. A condenação é um desdobramento de um extenso processo judicial que apura práticas de conluio e lavagem de dinheiro. Segundo o veredito, Toledo foi responsável por conspirar com representantes da Odebrecht para facilitar a obtenção de um contrato no valor de 35 milhões de dólares, o que equivale a aproximadamente 198 milhões de reais. Esse acordo tinha como objetivo a construção de trechos da rodovia Interoceânica Sul, uma importante via que conecta a costa do Pacífico peruano ao Atlântico brasileiro, resultando em significativos danos ao erário público.

Alejandro Toledo, que ocupou o cargo de presidente do Peru entre 2001 e 2006, é o segundo ex-mandatário do país a ser condenado por corrupção, após Alberto Fujimori, que faleceu recentemente. Desde abril de 2023, Toledo se encontra em prisão preventiva, após ser extraditado dos Estados Unidos, onde residia. Durante sua defesa nas audiências, o ex-presidente expressou incompreensão acerca das acusações e argumentou um agravamento de sua saúde, solicitando autorização para retornar ao seu domicílio com a intenção de receber tratamento médico apropriado.

O caso do ex-presidente Toledo reflete um padrão emergente no cenário político do Peru, onde diversas figuras de destaque estão envolvidas em escândalos de corrupção relacionados à Odebrecht, que se instaurou em vários países da América Latina. A condenação de Toledo enfatiza os esforços das autoridades peruanas para combater a impunidade e restaurar a confiança nas instituições públicas, embora a luta contra a corrupção ainda enfrente muitos desafios no país. Com a decisão judicial, Toledo torna-se um símbolo das consequências que a corrupção pode implicar no governo, não apenas para os envolvidos, mas para toda a população e a saúde da democracia.

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