Eleita em 2000 após derrotar Paulo Maluf no segundo turno da eleição daquele ano, Marta assumiu a prefeitura com 58,51% dos votos válidos. Durante sua gestão, que ocorreu entre 2001 e 2004, ela enfrentou diversas acusações de irregularidades. Uma das condenações que pesam sobre a ex-prefeita é por uso indevido de verba pública para fazer propaganda de sua gestão, que resultou em uma multa no valor de 20 vezes seu último salário como prefeita.
Além disso, outras três ações movidas pelo MP-SP dizem respeito a dispensas de licitação durante o governo de Marta. As acusações envolvem contratos diretos com empreiteiras para obras antienchentes na cidade de São Paulo. Apesar dos envolvidos negarem qualquer irregularidade, a Justiça unificou as ações em um litisconsórcio, o que significa que a decisão final terá validade para os três processos.
A defesa de Marta argumenta que as mudanças na Lei de Improbidade Administrativa, feitas pelo Congresso Nacional em 2021, exigem a comprovação de dolo para que haja punição. Segundo o advogado da ex-prefeita, as medidas tomadas por Marta durante seu mandato visavam resolver problemas climáticos graves na cidade, como as enchentes, levando-a a decretar estado de calamidade pública.
Apesar das acusações e da longa batalha judicial, Marta segue firme em sua decisão de concorrer como vice-prefeita de São Paulo nas próximas eleições. A justiça segue analisando os processos e aguarda manifestações das partes envolvidas para dar continuidade ao desfecho dessas acusações que pairam sobre a ex-prefeita da maior cidade do país.