Ex-PM do Bope é alvo de operação policial após desviar R$ 30 milhões em golpe financeiro, fugindo para a Europa para escapar da justiça.



Ex-PM da PMERJ utiliza nome do Bope para aplicar golpes milionários em colegas

Um escândalo de grandes proporções envolvendo um ex-soldado da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) veio à tona, revelando um esquema fraudulento que rendia pelo menos R$ 30 milhões. Identificado como Djair Oliveira de Araújo, o homem utilizava sua suposta experiência no Batalhão de Operações Especiais (Bope) para atrair investidores, principalmente policiais militares, prometendo rendimentos de até 5% mensais sobre os investimentos.

Na quinta-feira (15/5), a Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou a Operação Traidor, cumprindo cinco mandados de busca e apreensão em bairros como Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e Magalhães Bastos. A expectativa é que esse movimento ajude a resguardar os direitos das vítimas, com o bloqueio de R$ 698 mil em contas bancárias ligadas ao acusado. Notavelmente, o ex-militar conseguiu escapar para a Europa e, atualmente, reside em Londres, segundo informações coletadas pelas autoridades.

Os relatos das vítimas são alarmantes. Muitos policiais, na esperança de rentabilidade fácil, venderam propriedades e pegaram empréstimos consignados para investir na empresa do ex-soldado. Um engenheiro civil, por exemplo, transferiu impressionantes R$ 595 mil, acreditando que os aportes gerariam altos retornos, mas acabou perdendo todo o capital.

Djair cultivava um estilo de vida opulento, o que chamava a atenção de seus colegas. Com publicações ostentando viagens internacionais e veículos luxuosos, ele atraía militares à sua suposta rede de investimentos. A confiança que conseguiu construir foi ainda reforçada pelo uso do famoso emblema do Bope em suas redes sociais, criando uma imagem de credibilidade junto ao público-alvo.

O ex-soldado se apresentava como CEO da Dektos, uma empresa que buscava investidores. Ele foi metódico na captura de seus "clientes", utilizando uma abordagem engessada para passar segurança e conhecimento no mercado financeiro. Conforme as vítimas relatam, um grande número de policiais militares foi atraído por suas promessas, levando a uma complexa rede de fraudes que já rendeu dezenas de registros de ocorrências nas delegacias locais.

A situação permanece crítica. Vários grupos de vítimas formaram-se em redes sociais, buscando apoio mútuo na tentativa de reaver os valores investidos. Ao longo das investigações, muitos relatos indicam que o esquema de Djair se assemelhava mais a uma pirâmide financeira, que deixou um rastro de prejuízos e desconfiança entre os membros da corporação. A Polícia Civil continua buscando mais informações e colaborações internacionais para rastrear o ex-militar e reparar os danos causados a essa conta de colegas traídos e enganados.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo