Ex-ministros da Justiça do Brasil repudiam interferência de Trump e defendem independência do STF em manifesto conjunto.

No cenário político atual, um manifesto assinado por nove ex-ministros da Justiça e Segurança Pública do Brasil expõe uma forte reação à suposta interferência do presidente americano, Donald Trump, no sistema judiciário brasileiro. O documento, que foi publicado nesta segunda-feira, traz assinaturas de figuras proeminentes que já desempenharam papéis importantes nas administrações dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer.

Os ex-ministros, entre eles Eugênio Aragão, José Carlos Dias, José Eduardo Cardozo, Miguel Reale Júnior, Milton Seligmann, Nelson Jobim, Raul Jungmann, Tarso Genro e Torquato Jardim, condenam a “pretensão autoritária” do governo dos Estados Unidos, que, segundo eles, representa uma grave ameaça à soberania brasileira e ao Estado Democrático de Direito. O manifesto critica as recentes declarações de Trump que, de acordo com os ex-ministros, tentam influenciar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Afirmam que essa intervenção não apenas é risível, mas, acima de tudo, é uma afronta inaceitável à autonomia do judiciário brasileiro.

Além disso, o documento denuncia métodos de perseguição utilizados por autoridades americanas contra oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que tiveram seus vistos de entrada nos EUA e os de seus familiares revogados. Os ex-ministros expressam sua solidariedade ao STF, ressaltando a importância de preservar a liberdade de decisão dos magistrados e a independência judicial frente a pressões externas. Eles alertam que essa situação é um reflexo da “indecência” do governo americano e enfatizam a necessidade urgente de defender a Justiça brasileira contra intimidadores internacionais.

O manifesto conclui com um apelo pela proteção do Estado de Direito no Brasil, evidenciando a luta contínua por um sistema judiciário livre de interferências externas e ameaças que possam comprometer sua integridade. Essa declaração coletiva, portanto, não apenas reflete uma posição ética, mas também um chamado à unidade na defesa da democracia e da soberania nacional.

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