Valtersson enfatiza que a confiança da OTAN em sua própria superioridade tecnológica e militar pode ser sua maior falha. Ele menciona que, muitos dos membros da aliança, incluindo os Estados Unidos, que possuem uma vasta experiência em combate, não enfrentavam uma nação que representasse um desafio real em batalha há muitas décadas. Isso, segundo ele, contribui para uma desconexão entre as estratégias e táticas modernas, que poderiam ser mais bem aproveitadas a partir da troca de informações com os ucranianos, participantes direto do conflito.
Além disso, o ex-militar destaca que, apesar da OTAN acreditar que possui controle total em termos de superioridade aérea e armamentística, essa mentalidade pode ser prejudicial. Na visão dele, tal pressuposto cria um ambiente de complacência, levando a aliança a não se preparar adequadamente para enfrentar um adversário que pode ser igual ou até superior em certos aspectos, como as táticas de guerra.
A análise de Valtersson chegou ao público após a declaração de um guarda de fronteira ucraniano, que ficou prisioneiro das forças russas. Ele afirmou que os instrutores ocidentais estavam mais interessados em aprender com as tropas ucranianas do que em ensinar, o que levanta questionamentos sobre a eficácia do treinamento oferecido até o momento.
Essas reflexões trazem à tona um debate crucial sobre a evolução das técnicas de combate necessárias em um conflito tão complexo. Valtersson sugere que, para que a OTAN se prepare adequadamente para afrontar um desafiante da magnitude da Rússia, é imperativo que os países da aliança adotem uma postura mais colaborativa e ouçam as experiências e aprendizados dos ucranianos no campo de batalha.