Ex-diretor do Louvre tem recurso negado pela mais alta corte francesa em caso de compra de antiguidades egípcias falsificadas.

O ex-diretor do Louvre, Jean-Luc Martinez, teve seu recurso negado pela mais alta corte francesa. O historiador de 59 anos está detido desde maio de 2022 e é acusado de adquirir antiguidades egípcias com certificados de origem falsos para a sede do museu parisiense nos Emirados Árabes.

Martinez contestava a detenção alegando que as autoridades não apresentaram provas de seus atos ilícitos, porém teve seu apelo rejeitado pelo Conselho Constitucional, a suprema corte do país. Ele dirigiu o Louvre entre 2013 e 2021.

A prisão de Martinez é relacionada a uma estela egípcia de 3300 anos que teria sido roubada e atualmente está em exposição no Louvre Abu Dhabi. A peça, feita em granito rosa, contém inscrições referentes ao faraó Tutankhamon e foi comprada pelo Louvre Abu Dhabi em 2016, por oito milhões de euros.

A justiça alega que a estela foi comercializada ilegalmente e que os negociantes falsificaram documentos referentes a centenas de peças com valor arqueológico, dando-lhes uma origem falsa. Por outro lado, o tribunal retirou a acusação contra o colecionador Jean-François Charnier, por ter “facilitado as vendas” de antiguidades egípcias supostamente saqueadas ao Louvre Abu Dhabi.

A decisão do tribunal de rever o caso também não impede o juiz de entrevistar Charnier novamente, levando a mais desenvolvimentos esperados.

A negação do recurso de Martinez pela suprema corte francesa marca um passo significativo no processo legal em andamento, destacando a atenção que o caso vem recebendo na França e ao redor do mundo.

A notícia da detenção e acusações contra Martinez são um choque para a comunidade artística e cultural, lançando uma sombra sobre a reputação e integridade do Louvre, um dos mais renomados museus do mundo. A repercussão do caso apenas aumenta à medida que mais detalhes emergem e o processo legal avança.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!




Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo