A operação, que mobilizou 95 agentes da PF e seis auditores da CGU, cumpriu 19 mandados de busca e apreensão em diversas cidades, incluindo Jaboatão dos Guararapes, Recife e até mesmo São Paulo. As investigações são resultado de denúncias que alertaram sobre a contratação irregular de empresas em Timbaúba. A PF suspeita que Eduardo Porto possa estar por trás do controle de um grupo de empresas que, entre 2021 e 2024, conquistaram mais de R$ 880 milhões em contratos públicos, registradas em nomes de supostos laranjas.
Os investigadores descobriram que as mencionadas companhias estavam interligadas e se alternavam nas disputas de licitação, com destaque para a empresa Solserv Serviços. Os indícios reunidos apontam não apenas para a manipulação de documentos e edição de concorrências, mas também para a possível prática de lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.
Em resposta às acusações, a defesa de Eduardo Porto se manifestou, alegando que ele não possui qualquer relação societária com as empresas envolvidas e que não obteve lucros ou benefícios decorrentes dos contratos sob investigação. Segundo os advogados, as evidências já apresentadas comprovam sua desvinculação dos fatos e seu afastamento de qualquer ligação com os denunciados, incluindo ex-colaboradores de seu gabinete na Alepe.
As apurações seguem em andamento, trazendo à tona complexidades e possíveis ramificações de uma rede que, se confirmadas as irregularidades, passariam a ser um dos maiores esquemas de corrupção em contratos administrativos na história recente de Pernambuco. A operação Firenze não só lança luz sobre práticas duvidosas na gestão pública, mas também reafirma o compromisso das instituições em investigar e responsabilizar qualquer envolvido em atividades ilícitas.