O novo elemento que foi crucial para a anulação da sentença foi um relatório policial e o depoimento do policial civil Adamastor Castro e Lino de Andrade Júnior, que foram fundamentais para reabrir o caso. Segundo Adamastor, houve “contaminação política” no caso, com a mudança do indiciamento de um dos autores de latrocínio para homicídio, supostamente por questões políticas e econômicas envolvendo o então suplente de Xavier, Wilson Lima.
Xavier foi acusado de ter contratado Eduardo Gomes da Silva, Leandro Dias Duarte e um adolescente para executar o adolescente Ewerton Ferreira, supostamente por acreditar que o garoto estava tendo um relacionamento com sua esposa. O ex-deputado teria pago R$ 15 mil pelo crime, que resultou na morte de Ewerton, cujo corpo foi encontrado com marcas de tiro de revólver no Recanto das Emas.
Além disso, a condenação levou à cassação do mandato de Xavier, tornando-o o primeiro parlamentar da história da Câmara Legislativa do Distrito Federal a perder o cargo. Ele foi deputado por três mandatos e foi responsável por criar a Lei nº 893, de 1995, que instituiu o Dia do Evangélico no calendário distrital, comemorado em 30 de novembro.
Diante desses novos elementos, o caso de Carlos Xavier continua a repercutir, levantando questionamentos sobre a justiça e a política envolvidas no desenrolar do processo. A liberação do ex-deputado após a anulação de sua prisão reacendeu o debate sobre a influência dos interesses políticos em casos criminais no Distrito Federal.