Durante o depoimento, Rivaldo Barbosa negou qualquer envolvimento com o crime e elogiou a vereadora Marielle. Ele se mostrou grato “por tudo que ela proporcionou para o profissional Rivaldo, para a Polícia Civil e para a sociedade como um todo”. Negando veementemente sua participação no assassinato, Barbosa afirmou: “Eu não mato nem uma formiga, vou matar uma pessoa?”
O ex-delegado também destacou que conheceu Marielle por intermédio do deputado federal Marcelo Freixo (PT-RJ) e elogiou a vereadora do PSOL, chamando-a de “pessoa sensacional”. Barbosa negou conhecer os irmãos Brazão e também refutou qualquer contato com Ronnie Lessa, que o apontou como mentor do crime em uma delação à Polícia Federal.
As acusações de obstrução das investigações foram mencionadas durante o depoimento de Barbosa, com a Polícia Federal apontando que a Polícia Civil, sob o comando do ex-delegado, teria atuado para sabotar as investigações sobre o assassinato de Marielle e Anderson. A principal etapa da investigação concluída em março deste ano resultou na prisão preventiva dos irmãos Brazão e de Rivaldo Barbosa.
Segundo as diligências, houve negligência por parte dos policiais em diversas situações, incluindo o recolhimento de imagens das câmeras de segurança no local do crime e o desaparecimento do celular apreendido do suspeito responsável por clonar o veículo usado na execução. A execução de Marielle teria sido motivada por disputas envolvendo a exploração imobiliária em áreas controladas por milícias.
Barbosa, os irmãos Brazão e outros envolvidos negam veementemente sua participação nos assassinatos e continuam a ser investigados pela PF e pela PGR. O caso continua a gerar repercussão e a levantar questionamentos sobre a segurança pública no Rio de Janeiro.