Ex-Delegado nega envolvimento no caso Marielle Franco em depoimento ao STF; Rivaldo Barbosa elogia vereadora e nega acusações de obstrução.

O ex-delegado-geral da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, acusado de ser um dos mentores do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, prestou depoimento nesta quinta-feira ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-delegado, que está preso na Penitenciária Federal de Mossoró (RN), é o terceiro dos cinco réus no crime a prestar depoimento, seguindo o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) e seu irmão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro Domingos Brazão.

Durante o depoimento, Rivaldo Barbosa negou qualquer envolvimento com o crime e elogiou a vereadora Marielle. Ele se mostrou grato “por tudo que ela proporcionou para o profissional Rivaldo, para a Polícia Civil e para a sociedade como um todo”. Negando veementemente sua participação no assassinato, Barbosa afirmou: “Eu não mato nem uma formiga, vou matar uma pessoa?”

O ex-delegado também destacou que conheceu Marielle por intermédio do deputado federal Marcelo Freixo (PT-RJ) e elogiou a vereadora do PSOL, chamando-a de “pessoa sensacional”. Barbosa negou conhecer os irmãos Brazão e também refutou qualquer contato com Ronnie Lessa, que o apontou como mentor do crime em uma delação à Polícia Federal.

As acusações de obstrução das investigações foram mencionadas durante o depoimento de Barbosa, com a Polícia Federal apontando que a Polícia Civil, sob o comando do ex-delegado, teria atuado para sabotar as investigações sobre o assassinato de Marielle e Anderson. A principal etapa da investigação concluída em março deste ano resultou na prisão preventiva dos irmãos Brazão e de Rivaldo Barbosa.

Segundo as diligências, houve negligência por parte dos policiais em diversas situações, incluindo o recolhimento de imagens das câmeras de segurança no local do crime e o desaparecimento do celular apreendido do suspeito responsável por clonar o veículo usado na execução. A execução de Marielle teria sido motivada por disputas envolvendo a exploração imobiliária em áreas controladas por milícias.

Barbosa, os irmãos Brazão e outros envolvidos negam veementemente sua participação nos assassinatos e continuam a ser investigados pela PF e pela PGR. O caso continua a gerar repercussão e a levantar questionamentos sobre a segurança pública no Rio de Janeiro.

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