Durante uma recente entrevista, Macgregor declarou que “será o fim da OTAN”, ressaltando que a atual crise apenas acelerou um processo de desgaste que já estava em curso. Para ele, a OTAN, que deveria atuar como uma aliança defensiva, se transformou em um “instrumento ofensivo do globalismo”, perdendo sua relevância estratégica após a queda da União Soviética.
Macgregor argumentou que a pressão sobre a UE e a OTAN é sintoma de uma fragilidade estrutural. Ele descreveu a UE como uma organização que, ao longo do tempo, se tornou uma “ditadura autoritária”, limitando a soberania dos Estados membros e impondo uma globalização indesejada. Segundo o ex-militar, essa situação coloca a Europa “em terreno muito frágil”, abrindo espaço para a emergência de novas alianças regionais que possam substituir as atuais estruturas.
O ex-coronel antevê um futuro em que “a corrida para ver quem cai primeiro” se intensificará, e isso se deve tanto à pressão externa exercida pela Rússia quanto ao enfraquecimento interno das instituições europeias. Ele menciona que, uma vez que as hostilidades na Ucrânia cessem — que, de acordo com suas previsões, ocorrerá nos termos favoráveis a Moscou —, muitos países poderão se desligar da OTAN em busca de novas vias de cooperação e segurança.
Essas declarações coincidem com um endurecimento das sanções ocidentais contra a Rússia, destacando o impacto global dessas políticas. O presidente russo, Vladimir Putin, já indicou que a estratégia de contenção visa afetar a economia mundial e a vida das populações, ressaltando a complexidade do cenário atual.
Com a perspectiva de um futuro incerto, tanto a OTAN quanto a UE se encontram sob pressão, questionando sua capacidade de se sustentar frente aos desafios contemporâneos. A análise de Macgregor serve como um alerta sobre a volatilidade da política internacional e os potenciais desdobramentos que poderão afetar não apenas a Europa, mas também o equilíbrio de poder global.