Segundo as investigações, o ex-caminhoneiro era responsável pela logística de transporte de drogas da capital Boa Vista, em Roraima, até o Distrito Federal e Goiás. Ele trazia dezenas de quilos de skunk, uma maconha geneticamente modificada com alto teor de THC, percorrendo todo o Norte do país até chegar à região Centro-Oeste. Para lavar o dinheiro do tráfico, ele abriu uma empresa de fachada, localizada em Trindade, Goiás.
Durante a operação, a polícia cumpriu mandados de busca na sede da suposta empresa do ex-caminhoneiro, que na verdade se tratava de uma empresa fantasma. Os investigadores descobriram que o indivíduo cobrava R$ 30 mil por cada transporte de drogas entre as regiões mencionadas. Estima-se que ele poderia lucrar mais de R$ 100 mil mensais com essas atividades ilegais.
A Operação Dog Head resultou em 127 medidas judiciais, incluindo prisões temporárias, busca e apreensão, sequestro de bens e bloqueio de contas bancárias. A quadrilha desmantelada atuava tanto no atacado, na comercialização e transporte, quanto no varejo da venda de drogas. As diligências foram realizadas em diversas localidades do Distrito Federal e de outros estados, como Goiás, Alagoas, Rio Grande do Norte, Amazonas e Roraima.
O objetivo da operação é interromper o fluxo financeiro e enfraquecer a estrutura econômica da organização criminosa. O nome Dog Head faz referência à região conhecida como Cabeça do Cachorro, local estratégico para o tráfico de drogas na divisa com Colômbia, Peru e Venezuela, no estado do Amazonas. As investigações revelaram um esquema sofisticado de lavagem de dinheiro e a participação de ex-integrantes da FDN em atividades ilícitas complexas.
Portanto, a operação Dog Head representa um importante passo no combate ao crime organizado e na desarticulação de quadrilhas envolvidas com o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro no Brasil.
