A pesquisa recente focou na análise de macrófitos da planta Ephedra, reconhecida por suas propriedades medicinais. As amostras encontradas na caverna são as mais antigas já registradas e estão associadas a atividades humanas. Os pesquisadores sugerem que a Ephedra teve um papel relevante durante práticas funerárias, além de ter sido utilizada para fins terapêuticos, como o tratamento de resfriados e a redução de sangramentos. Essa descoberta desafia as percepções anteriores sobre os conhecimentos médicos das comunidades pré-históricas, evidenciando que os humanos possuíam um conhecimento avançado sobre o uso de plantas há milênios.
Além disso, a Gruta dos Pombos já havia revelado outros feitos notáveis da medicina antiga. Os especialistas encontraram evidências do procedimento cirúrgico mais antigo conhecido, comportando vestígios de uma intervenção em um crânio humano. A presença de elementos associados à Ephedra sugere que essa planta poderia ter ajudado na recuperação do indivíduo que passou pela cirurgia, proporcionando um vislumbre fascinante das práticas médicas de seus antepassados.
As novas descobertas não apenas aprofundam o conhecimento sobre a utilização de ervas medicinais no passado remoto, mas também lançam luz sobre as habilidades e conhecimentos das sociedades antigas na África. De fato, cada achado na Gruta dos Pombos continua a redefinir a narrativa da história da medicina e os métodos de cura utilizados por nossos ancestrais. Assim, a pesquisa na caverna se torna uma peça-chave para entender a relação entre as comunidades humanas e a natureza, destacando a sabedoria acumulada ao longo dos milênios.