No último sábado, duas testemunhas que foram convocadas para depor revelaram que o cronograma da promotora ficou mais claro. Elas foram informadas de que deverão comparecer ao grande júri na próxima terça-feira. Especialistas jurídicos acreditam que a apresentação das provas pode levar cerca de dois dias.
No Condado de Fulton, há dois grandes júris reunidos até o final de agosto. Um se reúne às segundas e terças e o outro, às quintas e sextas-feiras. Com base nos últimos acontecimentos, a expectativa é de que Willis inicie a apresentação do caso na segunda-feira e o público fique sabendo se Trump e outras pessoas serão indiciadas na noite de terça-feira.
Entre as testemunhas convocadas para depor estão Geoff Duncan, ex-vice-governador da Geórgia, e George Chidi, um jornalista independente. Duncan já se manifestou contra as falsas alegações de fraude eleitoral feitas por Trump e disse estar ansioso para responder às perguntas sobre a eleição de 2020. Chidi presenciou uma reunião de funcionários do Partido Republicano em que discutiram a certificação de uma lista alternativa de votos do Colégio Eleitoral em favor de Trump.
Um dos focos da investigação de Willis são os “eleitores alternativos”, pessoas que assinaram um certificado afirmando que Trump venceu as eleições na Geórgia e se declararam eleitores “devidamente eleitos e qualificados” do estado. Segundo a promotora, é importante averiguar a autenticidade desses eleitores e entender se houve uma tentativa de comprometer os votos eleitorais do Estado para favorecer Joe Biden, o vencedor democrata da disputa.
Donald Trump, por sua vez, nega ter feito qualquer coisa errada na Geórgia e acusa a promotora Fani Willis de ser parcial contra ele. Agora, resta aguardar o desenrolar do processo e ver quais serão as consequências dessa investigação para o ex-presidente e outros envolvidos.