O Quebra de Xangô, que ocorreu em 1912, foi um triste episódio de intolerância religiosa em Alagoas, resultando na destruição de terreiros e na perseguição a líderes do Candomblé. Esse acontecimento deixou marcas profundas na história do estado, mas também fortaleceu a resistência e a luta pelo reconhecimento das religiões e tradições afro-brasileiras. Mais de um século depois, o evento busca resgatar e reafirmar esse legado, através de mesas de debates com a presença de lideranças religiosas, acadêmicos e ativistas, e do lançamento do filme “Cartas à Tia Marcelina”.
Um dos pontos altos do evento é a celebração do recente tombamento da Coleção Perseverança, que reconhece a importância dos terreiros de matriz africana como patrimônio cultural e como memória viva de luta e resistência. “O Quebra de Xangô não é apenas um episódio trágico, mas também uma demonstração de coragem e resiliência do nosso povo. Este evento é um convite para refletirmos e nos inspirarmos na força das nossas raízes”, destaca Pai Célio, um dos organizadores do evento.
Além de ser gratuito e aberto ao público, o evento é uma oportunidade para celebrar, refletir e resistir. A programação está marcada para começar às 14h no Núcleo de Cultura Afro Brasileira Iyá Ogun-té, localizado na Rua Dona Alzira Aguiar, 429, Ponta da Terra, em Maceió. Não perca essa oportunidade de participar desse evento que busca resgatar a história e a resistência da cultura africana no Brasil.