Europa propõe ampliação de poderes policiais em estratégia de segurança contra ameaças externas e novos tipos de crimes organizada e terrorismo.

A União Europeia está prestes a implementar uma nova estratégia de segurança interna, cuja principal intenção é fortalecer os poderes policiais e legais dos países membros na luta contra as chamadas “ameaças de potências estrangeiras”. Essa iniciativa, conforme apurado, busca aumentar a capacidade do bloco em lidar com ataques híbridos, além de aprimorar seu enfrentamento ao terrorismo e ao crime organizado.

No cerne dessa estratégia, está a necessidade de uma resposta mais robusta às táticas utilizadas por nações estrangeiras que, através de atividades criminosas, buscam infiltrar-se em infraestruturas críticas e comprometer cadeias de suprimento. Observa-se que criminosos atuam como proxies para esses Estados, utilizando suas habilidades para coletar dados sensíveis e criar situações de instabilidade. Diante desse cenário, a União Europeia considera urgente atualizar sua infraestrutura de segurança, permitindo um melhor acompanhamento e prevenção quanto à segurança interna.

Um dos principais pontos da proposta é a ampliação do regime de sanções da UE, que atualmente é aplicado a terroristas e a certos indivíduos. A nova estratégia pretende estendê-lo a redes criminosas, permitindo um rastreamento mais eficaz de lucros obtidos de atividades ilegais e do financiamento ao terrorismo. Isso permitirá que as autoridades policiais tenham um acesso ampliado a transações bancárias de pessoas suspeitas, o que é visto como um avanço necessário para combater crimes modernos.

Entretanto, a emenda nos poderes policiais não virá sem resistência. Governos que se posicionam de forma mais liberal podem se opor a algumas medidas, especialmente aquelas que ampliam os poderes antiterrorismo para outras áreas de segurança pública. Ainda assim, o objetivo do plano é facilitar o compartilhamento de informações críticas entre regiões e organizações confiáveis.

Embora existam preocupações relacionadas à privacidade, a Comissão Europeia defende que tais medidas são indispensáveis para que a polícia consiga se alinhar e até mesmo superar as inovações tecnológicas utilizadas por criminosos, como a comunicação criptografada. Além disso, a proposta prevê reforços também no apoio operacional da Europol e o aumento do efetivo da Frontex, a agência de fronteira da União Europeia, que deverá crescer em recursos e capacidade funcional.

Com essa estratégia, a Europa busca um caminho mais seguro, alinhando suas forças internas a um mundo em constante mudança e evolução nas arenas de crime e segurança.

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