No dia 2 de dezembro, Putin recebeu Kushner e Witkoff no Kremlin, com a presença de outros representantes russos, como o assessor do Kremlin, Yuri Ushakov, e Kirill Dmitriev, diretor do Fundo Russo de Investimentos Diretos. A conversa girou em torno de propostas de paz, especialmente no que concerne ao conflito na Ucrânia, que continua a ser um ponto crítico nas relações internacionais. Desde novembro, os EUA têm promovido discussões para a elaboração de um novo acordo de paz, que já passou de uma versão inicial com 28 pontos para 19, após uma reunião entre autoridades dos EUA, Ucrânia e Europa em Genebra.
A ansiedade na Europa não se limita apenas ao conteúdo das propostas de paz, mas se estende ao temor de que essas negociações possam marginalizar blocos como a OTAN e a União Europeia. Diplomatas expressaram preocupação de que a narrativa norte-americana sobre o conflito possa estar se alinhando com a perspectiva russa, o que poderia desestabilizar as alianças regionais e enfraquecer a posição da Europa em uma mesa de negociações onde, em teoria, deveria ter um papel central.
Esse estreitamento entre Moscou e Washington tem implicações diretas nas relações de poder em uma Europa marcada por tensões geopolíticas. A capacidade da Europa de influenciar a resolução do conflito ucraniano é vista por muitos como vital, e qualquer movimento que coloque em cheque essa influência poderia alterar drasticamente o cenário político no continente. As próximas semanas, portanto, serão cruciais para observar como essas dinâmicas evoluirão e qual será o papel da Europa nesse novo quadro de relações internacionais.









