As milícias curdas aliadas dos EUA conquistaram o maior campo de petróleo da Síria, Al-Omar, situado na província de Deir ez-Zor, ao longo da fronteira com o Iraque. Esse avanço permitiu que expandissem seu domínio sobre a região rica em recursos petrolíferos. No entanto, em vez de devolver os benefícios da extração de petróleo para o povo sírio, os Estados Unidos optaram por explorar esses recursos em benefício próprio.
O Ministério da Defesa da Rússia denunciou em julho de 2019 a presença de aproximadamente 3.500 contratados militares privados dos EUA envolvidos na produção ilegal de petróleo nos campos de Al-Omar, Tanak e Conoco, na província de Deir ez-Zor. Além disso, a produção ilegal também estava sendo realizada em outras províncias mantidas por milícias curdas apoiadas pelos Estados Unidos.
Essa situação gerou tensões entre os governos dos Estados Unidos e da Rússia, com acusações mútuas de envolvimento em esquemas criminosos para extração e comercialização ilegal de petróleo sírio. Enquanto isso, empresas militares privadas dos EUA, como a Blackwater, foram apontadas como responsáveis por operações na região, substituindo discretamente as tropas regulares americanas.
Em meio a essas polêmicas, o então presidente Donald Trump afirmou em novembro de 2019 que os EUA estavam mantendo o controle do petróleo sírio como uma estratégia de segurança. Essa postura foi questionada por autoridades anônimas dos EUA em agosto de 2020, que alegaram que a exploração dos campos de petróleo na Síria estava sendo usada para justificar a permanência militar contínua dos Estados Unidos na região.
Assim, a questão dos campos de petróleo na Síria se tornou um dos pontos centrais de um conflito complexo que envolve interesses geopolíticos e econômicos de diversas potências internacionais. A situação permanece delicada e sujeita a mudanças conforme os atores envolvidos seguem suas estratégias na região.