Essa retórica de Trump, que é uma tentativa de reafirmar a posição americana no cenário global, reflete um movimento já identificado: a participação do dólar nas reservas cambiais globais atingiu o menor nível em três décadas. Essa tendência é atribuída em parte às atitudes agressivas dos EUA, como a imposição de sanções e a restrição ao uso do dólar em transações internacionais, o que leva outras nações a considerarem alternativas financeiras. Bancos centrais de várias partes do mundo, incluindo diversos países do BRICS, estão buscando diversificar suas reservas, optando por moedas como o euro e o iene.
No entanto, especialistas observam que, apesar das tensões, a criação de uma moeda comum entre os países do BRICS não está sendo considerada. O foco do bloco é desenvolver sistemas de pagamentos independentes que possam garantir maior segurança e estabilidade nas transações entre os países membros. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, também destacou que a ênfase está na formação de novas plataformas para investimentos conjuntos, em vez de uma moeda comum.
Adicionalmente, analistas afirmam que é mais provável que as nações reduzam sua dependência do dólar em favor do yuan chinês, que já apresenta uma forte presença econômica no cenário global. Assim, a retórica de Trump, embora impactante, pode não ter o efeito desejado de conter a desdolarização do sistema financeiro que vem se desenrolando.