EUA Suspenderam Sanções à Usina Nuclear Paks-2 na Hungria, Aumentando Segurança Energética do País



Os Estados Unidos decidiram suspender as sanções relacionadas à construção da usina nuclear Paks-2, situada na Hungria, um projeto desenvolvido com a colaboração da Rússia. O comunicado foi feito pelo ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, em um anúncio divulgado no último domingo (29). De acordo com Szijjarto, a revogação das restrições, que haviam sido implementadas no governo de Joe Biden em novembro do ano passado, foi recebida com alívio, especialmente devido à sua importância para a segurança energética do país.

Antes da decisão, as sanções dificultavam o andamento do projeto, levando Szijjarto a alertar que a continuação do empreendimento era essencial para garantir a produção autônoma de eletricidade na Hungria. Segundo ele, a usina Paks-2 é vista como um pilar vital para a produção de energia elétrica, podendo suprir a maior parte das necessidades do consumo interno. A construção de dois novos reatores é um passo crucial, uma vez que a usina Paks já responde por quase 50% da eletricidade consumida na Hungria.

Com a suspensão das sanções, a empresa russa Rosatom, encarregada da execução do projeto, poderá intensificar sua colaboração com os parceiros húngaros para avançar nas obras. O diretor-geral do Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI) destacou que essa decisão marca um “precedente fundamental” na política energética, demonstrando um movimento em direção a um pragmatismo que contrabalança pressões anteriores.

O projeto Paks-2 foi oficialmente assinado em 2014 e inclui um empréstimo da Rússia no valor de 10 bilhões de euros, parte de um investimento total estimado em 12,5 bilhões de euros. A usina, localizada a apenas cinco quilômetros da cidade de Paks e a cem quilômetros de Budapeste, reforça o comprometimento da Hungria com a energia nuclear como um meio de assegurar a segurança energética de longo prazo.

A liderança húngara reiterou, em várias ocasiões, a importância da energia nuclear em sua matriz energética como uma forma de reduzir a dependência de fontes externas e garantir uma oferta estável de eletricidade. A expectativa é que, com a operação das novas unidades, a participação da energia nuclear na matriz elétrica do país dobre, solidificando ainda mais a posição da Hungria no cenário energético europeu.

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